Saudações, segue jogo criado e mestrado pelo Gurgel. Particularmente um dos melhores temas que já joguei. Espero que curtam tanto quanto eu! Críticas, dúvidas e sugestões são sempre bem-vindas, portanto, comentem!
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Criador: Gurgel
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Criador: Gurgel
Mestre: Gurgel
Jogador: Tenshi
Personagem: Tenshi, Deus Menor.
Personagem: Tenshi, Deus Menor.
Em andamento
Nascimento
<Mestre>
Você abria seus olhos pela
primeira vez naquele mundo. Estava sentado no centro de um enorme saguão. Do
chão ao teto deveria ter talvez 30 ou 40 metros, e de um lado ao outro mais uns
duzentos. O teto era pintado com cores vivas e bonitas, adornadas com Condriun,
o minério dos deuses, além de outros materiais mundanos como ouro, prata,
diamantes... As portas, também gigantes, eram feitas da madeira da arvore da
vida, e o chão de pura energia solida. Havia dez enormes tronos, que rodeavam o
local formando um circulo o qual você estava no meio. Cada trono era feito de
uma coisa, seja energia, ouro, codriuns ou outros materiais mais estranhos. E
lá estavam os 10 deuses maiores lhe olhando. Você sabia que eles eram seus
criadores, e você um deus menor. Você acabara de nascer e já detinha grande
conhecimento, sobre muitas coisas como se tivesse vivido uma vida antes disso.
Royfast sorria ao vê-lo. "Olá filho! Diga
a nós teu nome."
<Tenshi>
*O ser recém-nascido se
levanta completamente nu. Sente dor ao ouvir pela primeira vez e dificuldades
para falar. Mas ao final fala>* -- Meu nome? Chamo-me Tenshi. Onde estou e
por que fui criado?
<Mestre>
Uma voz terrível toma a
palavra, diferente daquela primeira. Era uma voz dissonante, que lembrava o
choro de mil mães com trovões, gemidos e o próprio sussurro da morte. "Você
está no salão dos Deus! Só nós podemos entrar neste local, nenhum outro
ser!"
"-Hahaha! Eu gostei
dele, faz meu estilo!" Dizia outra voz vinda de um trono diferente dos
outros. Então uma das sombras que estava sentada no chão começa a se mover,
revelando-se. Era algo que lembrava uma enorme serpente feita de trevas, porém
detinha um único e longo braço no meio do peitoral. O rosto também não era de
uma cobra, mas sim de uma mulher de pele cinza e olhos vermelhos.
- Prazer Tenshi, eu sou a
Wiseroy. Nós deuses maiores estamos
criando vocês, nossos filhos e filhas, povoar com vida o mundo material, e consequentemente
todos os outros reinos. Mas não qualquer vida: Vida inteligente, que possa
adora-los para der lhes energia...
Aquele que parecia ser o líder
volta a falar. Ele também tinha seu corpo à mostra, não oculto em sombras como
os outros. Era um gigante, de barba branca longa e trajando uma linda armadura.
Nela seu nome estava entalhado na língua dos deuses, que você compreendia.
"Royfast"
"- Isso mesmo Tenshi.
Mas não se limite a isso, és um deus, pode buscar o que quiser no mundo:
Conhecimento, poder, prazer... Não há limites, pois tem o livre arbítrio! Faça
seu destino, e perpetue o destine dos outro."
<Tenshi>
*Tenshi olha ao redor* --
Me criaram para que eu crie e acumule poder... E existem vários iguais a mim?
Somos irmãos? Mas... Esse poder para tantos... Não traria guerra? Destruição e
sofrimento?
*Tenshi estuda bem a
movimentação dos Deuses* -- É isso o que querem? E por que vocês que são
infinitamente mais poderosos... Porque não criam a vida?
<Mestre>
"- Odeio aqueles que
perguntam muito" Dizia um das vozes, que parecia ser mais robusta e estática
que as outras.
- Sim, existem
aproximadamente 100 deuses menores, assim como você, e iremos criar mais, ou já
criamos depende de como você entende o continuo-espaço-tempo. - Explicava
Wiseroy - Mas nossos motivos para tanto não lhe diz respeito.
- Agora Tenshi, pegue essa
sacola! Dentro dela existem 30 sementes das raças. Nada mais são do que vida na
sua forma bruta: Você poderá molda-la como quiser, basta jogar as sementes ao
vento e usar sua força e imaginação para dar origem a raça que desejar.
- Tome também esta chave -
Dizia então RoyFast. Ao mesmo tempo apareciam flutuando na sua frente uma
sacola pequena com as sementes da raça, que pareciam pequenos globos de luzes e
uma chave de ouro. Você sentia, por instinto, que poderia moldar a aparência
tanto da chave quanto da sacola. Sentia também que podia criar alguma roupa
para si, como de RoyFast, ou alterar sua aparência: Você acabara de ser criado
e ainda transbordava com a chama divina na criação.
<Tenshi>
*Tenshi se curva e com um
grito asas enormes surgem em suas costas com sangue jorrando. Sua imagem fica
instável e seu corpo estava em conflito, Tenshi cai de joelhos no chão sentindo
uma dor imensa, sangue saía de seus olhos, seus dentes ficavam pontiagudos,
suas asas mudavam de penas para escamas. Chifres surgiam, garras e membranas.
Todas essas mudanças iam e voltavam em grande velocidade e a segunda imagem
estava visivelmente ganhando mesmo com toda a concentração e força de Tenshi para
suprimir aquilo, fazendo suas forças se esvair. E quando parecia que a segunda
forma iria ganhar, Tenshi sente a mão de Royfast em seu ombro, uma mão quente e
acolhedora, mesmo sem Royfast não ter mexido nenhum músculo em seu trono.
Tenshi estava no chão com suor e sangue, mas em sua forma angélica. Após alguns
minutos Tenshi se ergue e uma matéria negra parece surgir recobrir seu corpo
com um manto negro.
<Mestre>
- A outra forma me
agradaria mais - Revela Wiseroy com um sorriso deturpado- Pois bem então, agora
Tenshi resta a ti pedir um item, um artefato divino de imenso poder. Pode pedir
o que desejar uma espada que corte qualquer coisa, uma coroa que controle mentes,
uma armadura impenetrável... Mas saiba, que quanto mais poderoso o item, maior
o fardo que ele trás.
<Tenshi>
*Tenshi fecha os olhos e
visualiza uma enorme foice com uma corrente na extremidade. E sabia que os
Deuses iriam visualizar em sua mente.*
<Mestre>
O ar se torna mais denso, e
na sua frente energias negativas começam a se manifestas de forma violenta, e
uma matéria negra se forma, primeiramente como uma bola disforme e depois
tomando a forma exata a qual você havia pensado.
- Está feito Tenshi. Aqui vocês
se torna uma real divindade!
<Tenshi>
*Tenshi estende o braço e
pega sua foice, que se torna um fluido negro e envolve o braço direto de
Tenshi, se solidificando e tornando-se um braço de armadura. Tenshi se curva
completamente em reverência* -- Então devo iniciar minha jornada. Caso precise
de ajuda, pais, a quem deverei recorrer? E meus irmãos nascidos antes de mim
como poderei encontrá-los? Caso seja preciso...
<Mestre>
-Poderás falar com eles:
Fazer amizades, amores, pactos de lealdade... Mas também, poderá fazer
inimigos. Dependera apenas de seus interesses e de sua personalidade. Podereis recorrer
aqueles mais velho em busca de ajuda, ou então ajudar os mais novos em busca de
apoio, seja como for todos você ainda serão novos no mundo e sem muita experiência:
Está será sua verdadeira ajuda: A experiência.
<Tenshi>
--Entendo... Então estou
pronto parar ir...
<Mestre>
Royfast sorria, em quanto
um portal se abria sob seus pés, fazendo você afundar lentamente nele. Vocês
sentia-se logo flutuando num estranho mar dimensional em quanto as figuras dos
deuses supremos ficava para trás. Quando acordava de novo estava dentro de uma
profunda caverna, aonde a luz chegava com muita dificuldade. A água ia até uns
30 centímetros, porém mais para trás ela formava um pequeno riacho coberto por
trevas, em quanto você ouvia morcegos voando por todo local. A escuridão
reinava lá.
<Tenshi>
*Tenshi enchia os pulmões
com aquele ar. E ainda com os olhos fechados se deleitava com sua nova
experiência sensorial. Sentindo os pés na terra, os sons da água, do vento, dos
animais, das plantas, sentia o sabor trazido pelo vento. Ao abrir os olhos
admirava as cores, formas e texturas. E aos poucos foi saindo da caverna em
direção à poderosa luz que invadia com toda majestade. Tenshi sai da caverna e
expande suas asas. E olha ao redor seu novo mundo e expandia ao máximo todos seus
sentidos.
<Mestre>
Fora da caverna havia um
mundo lindo! Ela ficava aos pés de uma enorme montanha, cerca por uma floresta
verde vivida! No topo da montanha havia neve e mais neve, e de lá vinham rios
que enchiam tudo de vida, e muito depois da base da montanha, entre a floresta
densa, um enorme descampado existia. Tudo era extremamente lindo e novo.
<Tenshi>
*Tenshi fica por um dia
completo admirando tudo aquilo. No dia seguinte expande sua consciência em
busca de outras fagulhas de vida. Voa aos céus e tenta observar o mais longe
possível por todo o território.*
<Mestre>
Você voa por todo o local.
Havia muita vida, animais pequenos, grandes. Os maiores eram os ursos, alces e
lobos, mas havia muitos outros. Muitos insetos também, peixes: O local
transbordava vida primitiva e intermediaria, mas nada complexo. Isso é claro no
mundo material. No mundo umbral havia muitos espíritos, alguns relativamente
poderosos como Orda, a grande espírito arvore, mais velha dentre todos os espíritos
de lá.
<Tenshi>
*Tenshi sobrevoa Orda por
um tempo e desce para cumprimentar o espírito. Desce e se curva em reverência.*
-- Saudações, ser de grande sabedoria. Chamo-me Tenshi. Como se chama? E me
diga se há algum responsável por tamanha beleza deste mundo? Você conhece algum
dos meus irmãos? *Tenshi estava ávido por conhecimento assim como uma criança
ao conhecer o mundo.*
<Mestre>
- Olá Tenshi. És um deus
não é? Não como daqueles que me criaram os Deuses supremos, mas é filhos deles
certo? Sinto em seu ser a centelha divina! Sou Orda, é um prazer conhecê-lo.
Sinto não conhecer nenhum de seus irmãos, mas creio que tudo ainda é muito
novo... Eu sou o ser mais velho vivo criado e tenho, apenas, 200 anos...
<Tenshi>
--Sim sou um filho dos
Supremos. E sou novo neste mundo, gostaria de aprender mais. Quero saber também
o que posso fazer com meus poderes... E encontrar algum irmão... Você vive aqui
sozinha todo esse tempo?
<Mestre>
- Sim... Os outros seres
não vivem tanto assim, apesar de mais ativos e vividos muitos são passageiros.
Eu, como espírito lutei muito e acumulei muita energia espiritual e assim
sustento minha casca terrena bem viva, em quanto me torno a mestra dessas
florestas, mas sei que fatalmente algum dia chegará meu fim. És o primeiro com
quem falo na verdade.
<Tenshi>
-- Então és responsável
também por tamanha beleza. Falaste em batalhas? Como assim batalhas? Em mundo
tão belo existem batalhas? Mas qual o motivo? Gostei de você Orda, quero te
fazer uma amiga. Minha primeira na verdade. Precisas de algo que eu possa lhe ajudar?
<Mestre>
- Nós espíritos somos
ínfimos... Como as arvores materiais que sugam do sol seu sustento, os mais
fracos podem sobrevivem sem nunca "caçar", mas os mais fortes como eu
tem que conseguir energia: Espíritos da água, luz e outros são minha fonte de
energia. Porém existem os espíritos espertos, que desejam minhas energias não
para sobreviver mais para se tornarem mais fortes em pouco tempo, e assim
também tenho que derrota-los.
Podemos sim ser amigos,
Tenshi, mas iria lhe pedir algo. Algo como amigo, que talvez lhe consuma
energia, mas que me faria muito bem, e também muito feliz.
<Tenshi>
-- E o que seria?
<Mestre>
- Existe certa ligação
entre mim e uma arvore. Foi ela que há muito tempo deu origem a meu espírito,
ou vice versa. Seja como for, ela é grande e majestosa, mas assim como eu
começa a apresentar fraqueza. Sei que logo ela irá morrer, é algo inevitável no
mundo material e eu irei cair com ela. Existem dois modos de impedir isso: Um é
alterar minha base espiritual, me desacorrentando dela: Algo que posso fazer
com meu poder, que apesar de doloroso seria possível. Porém não quero perder o
contato que tive durante tanto tempo com ela... Não quero me mudar... Para
tanto seria necessário muda-la: Dar aquela arvore grande e velha uma nova vida,
deixa-la imortal, torna-la diferente das outras arvores... Você poderia fazer
isso?
<Tenshi>
-- Ela é um espírito antigo
como você?
<Mestre>
- Não, ela é uma arvore
comum, só que muito velha.
<Tenshi>
-- E onde posso encontrar
tal árvore?
<Mestre>
- Vá para o mundo material,
a árvore maior e mais velha, de folhas verdes forte: Está será ela.
<Tenshi>
*Tenshi vai em busca da
árvore em questão, ficando ao lado da árvore, Tenshi toca gentilmente o enorme
caule e o chão começa a tremer com uma enorme raiz surgindo sob os pés de
Tenshi seguida por outras e com um grande tremor aquela enorme árvore ensaia
passos lentos e avança de forma majestosa,
lentamente vai avançando em direção a Orda. Enquanto avançava ramos e
galhos iam tocando a vegetação ao redor e absorvendo a energia vital delas,
porém não as matando mas sim absorvendo suas vidas, fazendo-as viver dentro
dela. Ao longo de alguns dias a árvore ficara maior e absorvera vários vegetais
modificando a estrutura da árvore, deixando-a mais larga e dando vários frutos
diferentes de diversas árvores frutíferas. Chegando próximo a Orda, a segunda
árvore enterra suas enormes raízes.*
<Mestre>
Você usar sua magia, e faz
a arvore crescer, absorvendo outras até ficar majestosa, uma verdadeira arvore
mista. Orda fica feliz com o resultado que sente através do mundo dos espíritos,
ao mesmo tempo em que se desprende dela. Quando você volta para o mundo dos espíritos
Orda estava diferente, não mais se assemelhava a uma arvore grande e velha, mas
agora se parecia muito com você. Ela detinha agora cabelos longos, um corpo
humanoide e olhos azuis. Sua pele, porém, era colorida e intensa como mil
flores e estava totalmente nua, porém não demonstrava vulgaridade. Ela sorria a
você "Obrigado Tenshi! Agora para sempre poderei ficar aqui e proteger
esta floresta!"
<Tenshi>
-- Sim minha amiga, deverás
cuidar desta floresta e ainda serás uma guardiã para os meus filhos. Quero que
esta floresta cresça e envolva esta enorme montanha. Podes fazer isto?
<Mestre>
- Posso com o tempo logo
isso tudo será verde! Mas a natureza tem seu próprio tempo, não tenha a pressa
para tanto. Venha, quero te mostrar algo muito belo... *Dizia, lhe estendendo a
mão*
Ela te leva até o alto da
floresta, flutuando um pouco acima do solo, e fala para você apenas olhar. De
lá você olha tanto o mundo material quanto o espiritual. Você vê plantas
crescerem e morrerem, árvores darem frutos, animais andarem, nascerem e
morrerem. Você viu espíritos, alguns furtivos e duvidosos, mas a maioria harmônico.
Viu como é bonito o nascer do dia, como é lindo o arco-íris formado após a
chuva, viu como é bela a Dama dagua que dançava em todas as chuvas no mundo
espiritual. Viu o sol radiante do verão, as folhas do outono e o longo inverso.
Viu tanta coisas bonitas, a natureza vivida e espiritual. O ciclo da vida e da
morte em grande harmonia e igualdade. Notou também o peso dos meses sobre os
seres da terra e sobre os espíritos e notou até mesmo sobre Orda. Notou que
nada era imortal apenas ti: Hora ou outra a arvore criado por ti encontraria
seu fim, até mesmo Orda seria consumida e sumiria seja daqui a 10, 100 ou 10000
anos. Apenas ti continuaria, apenas os deuses eram realmente imortais.
<Tenshi>
* Lágrimas brotavam dos
olhos de Tenshi. Ao maravilhar-se com tudo aquilo, ver que tudo nascia e
morria, mas que mesmo a morte trazia vida. Que muitas vezes era necessária a
morte de um ser que acabava dando vida a outros. Vida e Morte, tudo era a mesma
coisa, um ciclo sem fim. Tenshi toca o ombro de Orda.* -- Obrigado minha amiga,
me deste um grande presente... Uma grande razão para mim. *Eles voltam até a
árvore e Tenshi toca novamente nela e lhe dá mais energia.* -- Criarei meus
filhos agora e partirei em busca dos meus irmãos, para compartilharmos o amor e
o cuidado por este mundo. Deixarei meus filhos aos seus cuidados enquanto isto.
<Mestre>
Orda sorri, e assim espera
que você crie seus pequenos mortais com a semente da vida!
<Tenshi>
-- Orda quero que você
reúna espíritos protetores da floresta para lhe ajudar. E que cuide bem desta
floresta. Eu voltarei muito em breve. Por isso fique bem minha amiga. *Tenshi retira
uma pena de suas asas e entrega a Orda* -- Caso precise de mim utilize essa
pena, me chame através dela que virei por você.
<Mestre>
Você criava uma poderosa
magia na pena, que faria um som poderoso atingi-lo caso ela fosse
"ativa". Orda a pega e assente com a cabeça. Então pergunta
"Para onde você irá?"
<Tenshi>
-- Irei preparar este local
para meus filhos. E trarei mais amigos para nos acompanhar. *Tenshi se eleva
até o topo da montanha e expande seus sentidos em busca de outro espírito, do
ar, terra, fogo, água ou qualquer outro*
<Mestre>
Existiam pequenos espíritos
da água próximo ao rio que se formava descendo a montanha, além de espíritos da
terra por toda parte, mas todos possuíam níveis de poder iguais.
<Tenshi>
*Tenshi vai até um dos
espíritos mais fortes* -- Saudações criança, me chamo Tenshi... como se chamas,
ser de grande beleza e suavidade?
<Mestre>
Eles o olhavam, mas nada
respondiam. Nem pareciam, também, se importar com sua presença.
<Tenshi>
*Tenshi segura um dos
espíritos e em tom mais imperativo fala* -- Me responda criança, estou falando
contigo ser da água...
<Mestre>
O espírito investe contra
você, acertando com um baque seu peito, fazendo-o o largar (-1HP)
<Tenshi>
*Os olhos de Tenshi brilham
por um momento, mas se apagam e ele larga o espírito* -- Caso algum de vocês
tenham raciocínio, posso dar-lhes poder... quem quiser venha atrás de mim...
*Tenshi volta até Orda* -- Não consigo encontrar espíritos conscientes... irei
dar início a gênesis...
<Mestre>
- Espíritos são seres...
Complicados. Hum, gostaria que eu te falasse sobre nós? Quem sabe posso lhe dar
uma luz sobre nossa existência.
<Tenshi>
-- Ah sim, adoraria... quero mais espíritos antes da gênese...
<Mestre>
- “Espíritos refletem o
domínio físico em forma substancial”. Com o passar do tempo cada objeto, planta
ou lugar gera se próprio espírito.
Quando essa coisa passa a
existir um germe do espírito também brota dentro dela, - Um cisto não muito
maior (ou importante) que um mosquito. Á medida que este objeto é usado, que a
planta ou animal cresce e o local persiste o espírito cresce também, ganhando
real forma ganhando uma consciência, passa a ser chamado de Gafarete inferior.
Esses espíritos continuaram, porém, dormentes para outras atividades evitando
gastar energia. "
“Espíritos deste nível são
uma estranha dicotomia de individualidade e mesmice, restritos por impulsos
mais fortes que instintos animais, porém ainda com o potencial de se tornarem
espíritos deuses”! Todos os espíritos-árvores têm certa lerdeza de raciocínio e
ação, mas um espírito-pinheiro é diferente de um espírito-carvalho, assim como
cada espírito-carvalho detém sua própria personalidade, sempre, porém atrelada
a seu tipo espiritual. No mundo físico uma espécie
se alimenta de outra, mas se um espírito quiser ganhar poder e status, a via
mais rápida é se alimentar de um espírito igual a sua própria espécie. Espíritos
de coisas inanimadas, como pedras ou locais tem tanta propensão para caçar
quanto espíritos de animais. Isso cria um joguete bizarro e disforme do que
você vê no mundo material, onde um espírito-pombinha pode tentar devorar outro
espírito-pombinha! Isso tudo por que, diferente dos animais materiais, nós
temos uma única fonte de energia: A essência. Ela é como nossa água, ar e
comida, porem ela se esvai de nós aos poucos conforme ficamos mais velhos ou
usamos nossos dons... Em pouco tempo os espíritos são postos em cheque: Caçar
outros ou sumir para sempre. Algumas vezes espíritos podem caçar de outras espécies
também, se isso for de seu feitio natural, por exemplo, um espírito-raposa pode
caçar tanto espíritos-raposa quantos espíritos-lebre sem alterar seu âmago.
Porém o contrario é impossível, pois a ressonância da essência de um espírito raposa
seria “amarga” de mais para um espírito-lebre. Além disso, espíritos do nível
Jagretes inferiores são incapazes de regenerar sua essência se sua contraparte física
é descartada, por exemplo, se o espírito-raposa de antes caçar um espírito-lebre,
mas a raposa que lhe deu origem tiver morrido, ela não conseguira recupera sua essência
e em pouco tempo será desfeito. Isso muda, porém, quando os espíritos se
tornam mais fortes. Espíritos de posto dois, chamados de Gafarretes superiores
são muito mais independentes e em alguns casos separados de sua contraparte
material, mesmo que parcialmente. Eles ainda detêm uma consciência muito atrasada
a seu meio, sendo em muito impossível de se interagir com eles, mas começam
cada vez mais se tornarem individuais. Neste ponto eles podem consumir uma Essência
diferente da sua ou continua caçando essências iguais assim são criadas os espíritos
híbridos e ideais. Por exemplo, quanto mais espíritos-raposas ele se alimentar
mais uma imagem idealizada das raposas ele será, tanto em forma quanto em caráter,
mas se ele começar a se alimentar de outros tipos de espíritos, como espíritos-árvore,
espíritos da trapaça, etc., pode se tornar um hibrido. Naturalmente alguns híbridos
são temidos e não respeitados... Alguns se tornam alienígenas, até para os
padrões do mundo espiritual, quimeras bizarras que não deveriam existir.
A partir do posto 3 são
chamados de Jagretes inferiores, de posto 4 Jagretes superiores, de posto 5
incanaes inferiores e no posto 6 incarnaes superiores. Apenas os espíritos mais
insanamente fortes são de nível sete ou superior, chamados de espíritos
reis-deuses. Eles foram criados pelos deuses maiores para regerem a criação,
são por exemplo o espírito da terra, Gaia, o espírito da lua, Luna ou do sol Helio.
Nunca conheci nenhum deles, mas dizem que tamanho é seu poder que eles vivem a
esmo devorando todos os espíritos que passam perto deles e expelindo essência
ao mundo.
Apenas espíritos Jagretes tem consciências
diferente, como individuo e podem ser uteis para qualquer função que não seja
aquela intrinsecamente ligada a sua natureza espiritual: Em sua grande maioria espíritos
arvores de posto 1 ou 2 vão apenas ficam parados, caçando apenas outros espíritos
arvores que tiverem “MUITO” perto ou espíritos luz que passarem por ai. No nível
3 eles talvez já consigam olhar o mundo material e ter algum interesse nele.
Porém só aqueles realmente fortes de posto 4 como eu conseguirão se comunicar
com outros seres que não forem espíritos, como deuses ou seres físicos. Espíritos
insanamente fortes, como de posto 5 tem conhecimento agregado de vários
fatores, podendo até mesmo se materializar no mundo físico. Enfim, acho que
isso é tudo o que deves saber sobre nós espíritos.
<Tenshi>
*Tenshi absorvia tudo
aquilo em silêncio* -- Entendo, vocês realmente são seres complexos... eu tinha
em mente trazer outro espírito para cá, para lhe ajudar e fazer-lhe companhia...
mas não achei nenhum com razão suficiente para me ouvir... outro espírito para
me ajudar a criar meus filhos neste mundo que apesar de belo, é ainda
desconhecido para mim...
<Mestre>
- Sinto muito... A única
moeda de troca para nós é a essência, são poucos que aceitaram fazer qualquer
coisa de bom grado... E para se comunicar com os espíritos mais simples seria necessário
entende-los muito bem, coisa realmente difícil.
1º Gênesis
<Tenshi>
*Tenshi à frente de Orda
abre as asas e 10 das sementes passam a flutuar em frente ao deus, que bate as
asas e as sementes são atiradas e perfuram o chão. Por um momento nada
aconteceu, até o chão começar a tremer e 10 flores enormes rasgam o chão, com
pétalas negras com bordas azuis, Supreme Midnight, os enormes botões de rosa se
abrem revelando 10 fetos que começam a levitar com um cordão umbilical ligando
o feto à rosa. O cordão se rompe e os 10 seres são banhados por pólen, pétalas
e penas negras e começam a se desenvolver e vão crescendo até a idade adulta.
Os seres vão despertando ao mesmo tempo que giram no ar e seus pés tocam o chão
antes de ficarem de joelhos. Nasciam os primeiros filhos da primeira raça, os Silverfyre* -- Meus filhos amados... bem vindo a existência.
* Os seres tinham os
cabelos brancos como pérola, igual a do seu deus. Seus olhos eram púrpura. Eram
esbeltos, orelhas pontiagudas. Tinham um rosto belo e corpo muito belos e bem
definidos, apesar de não mostrarem muita força.*
Supreme Midnight (Meia-noite Suprema) |
<Mestre>
- Obrigado Pai! Somos
gratos por nós dar a vida. *Diziam eles, em uma só voz. Então se levantavam,
admirando aquele imenso mundo novo e belo*
<Tenshi>
--Fico feliz com vosso
nascimento. Vocês devem conhecer e cuidar do mundo, devem fazer deste local
vossas casas. Porém não devem revelar ao mundo seu lar. Devem venerar e adora
apenas a mim. Vocês devem crescer, procriar e cuidar desta terra... *Tenshi se
afasta e mostra a enorme árvore com centenas de frutos diferentes* -- Está é
Orda, é minha amiga e será uma guardiã de vocês, assim como deveram cuidar e
guarda-la. Vocês tem inteligência e o dom da magia, desenvolvam-se. Sua primeira
construção será um templo onde deverão orar. E esta rosa negra é o símbolo de
vosso nascimento. Agora me digam suas dúvidas...
<Mestre>
- Muitas duvidas. Tolas,
receio nosso criador... Iremos nos arrumar, construir nossa morada e sempre
falaremos com ti em nossas rezas, e iremos tirar nossas duvidas nelas, se assim
vos permitir.
<Tenshi>
-- Sim, mas hoje faremos um
banquete. Caça, frutas e as frutas que serão sagradas cedidas por Orda. E toda
vez que as 10 rosas supremas florescerem deverão comemorar vossa criação com um
festival.
<Mestre>
Ouve então a bela festa,
todos comeram a vontade e você notou que eles eram herbívoros, não sacrificando
nenhum animal para o banquete. Ao final eles rezaram em agradecimento. Então
eles começaram a se desenvolver. Primeiramente construíram um templo feito de
madeira, assim como algumas cabanas próxima a arvore das arvores. Eram 10 ao
total, seus nomes eram: Kantel(H), Thand(H), Las(M), Dehca(M), Bregil(H),
Ricord(M), Rasu(M), Rohirte(H), Witife(M), Thornal(H).
Kantel era um líder simbólico,
e rezava para ti todos os dias, a quase todos os momentos. Agradecendo tudo,
pedindo forças e sabedoria para guiar seus irmãos. Thand e Las eram igualmente
devotos como Kantel, mas ao invés de comandar se sentiam uteis realizando
tarefas de força física, pois eram um pouco mais fortes que outros de sua raça.
Dehca, Bregil e Ricord se focaram nas áreas do conhecimento, criando
primeiramente uma escrita simples e numérica, descobrindo a multiplicação,
divisão e até mesmo porcentagem e fração. Rasu era voltado para as artes místicas
e em muito pesquisava, tentando entender a magia que permeava a ele e aos
outros. Rohirte e Witife tinham ambos saúde muitíssimo fraca, mas em despeito
disso tinham grande compaixão e apreciação pelos espíritos, que muitas vezes
passavam pelo fino dromo do mundo espiritual para o mundo material. Certa vez
Witife até mesmo viu como era o mundo espiritual, após Orda ter lhe dado este
poder por poucos minutos. Por fim Thornal era um inventor inveterado, criando vários
sistemas bacanas e únicos, entre eles as “canaletas cobertas”, que eram como
uma tubulação que levava as fezes para o rio, e até mesmo um mistura de barro,
argila e areia que formava um cimento primitivo, que fora usado para cobrir
todas as construções as deixando mais “limpas” e belas.
O Peregrino
Uma vez por ano, quando as flores se abriam no
que agora era o centro da minúscula vila ele realizavam outro festival,
agradecendo e muito por tudo o que você havia lhes dado.
5 anos se passaram
extremamente rápido, e Witife ficara grávida pela primeira vez, sendo Rohirte o
pai. Las e Bregil também formaram um casal. Você havia os instruído bem, os
ensinando muito dos conceitos que vocês mesmo tinha, sobre certo e errado.
Certo dia, porém, Thornal o chamou no meio da noite. Você, que sempre os
vigiava da escuridão ouviu sua voz.
<Tenshi>
*Tenshi surgiu entre
pétalas e penas negras* -- Fale meu filho o que te aflige?
<Mestre>
- Eu pesquisei e vi muito,
e sei que ainda há muito para ver e aprender. Ha muito que eu posso fazer por
nossa vila e pretendo sim fazer, mas algo realmente me incomoda... Eu desejo do
fundo do meu coração explorar o mundo, ver todos os cantos, ver as coisas que
nunca vi... Meus irmãos talvez não entendam, mas acho que talvez você meu
senhor entenda...
<Tenshi>
-- Entendo filho... e eu
concordo. Se achas que estás pronto e seus irmãos estão prontos para sua
partida, podes ir... conheça o mundo e volte para ensinar a teus irmãos.
Estarei sempre contigo. Mas lembra-te mantenha segredo sobre sua raça e
principalmente sua casa...
<Mestre>
- Sem duvida meu Deus, eu
irei. E quando rezar por ti sei que me ouvira, não importa a onde esteja,
afinal és o Grande Tenshi, nosso pai criador! Eu irei informar-lhes da minha
partida em breve então. *Dizendo isso fazia uma referencia, e após lhe permitido
ir embora, ia-se*
Orda via tudo calada.
"Os pássaros logo querem voar para longe, mas sempre voltarão para as
arvores que foram criados, fiquem tranquilo Tenshi..."
<Tenshi>
*Tenshi sorri* -- Estou tranquilo
minha amiga. E eu mesmo irei partir, conhecer este mundo e talvez encontrar
outros irmãos ou amigos como você Orda.
<Mestre>
- Por que não vai com este
seu filho? Podes guia-lo. Irei cuidar bem daqueles que ficarem aqui.
<Tenshi>
-- Pensei isso também Orda,
porém ele não poderá saber, pois ele não deverá achar que é um preferido...
porém sim, irei acompanha-lo... e conto contigo para guiar meus filhos.
<Mestre>
- Farei o que me for cabível.
Descobri que muitos espíritos nascem
deles, espíritos dos sentimentos e ações, alguns deles com ressonância parecida
com a minha. Isso me diverte, e farei por onde eles ficarem sempre em harmonia.
<Tenshi>
-- Entendo e agradeço. Irei
aguardar meu filho partir para partir junto. Mas estarei sempre ouvindo, caso
precisem. *Tenshi então passa alguns dias aguardando seu filho partir.*
<Mestre>
Logo Thornal anunciava aos
seus iguais que iria partir numa longa jornada, rumo ao desconhecido e que já
havia pedido a benção e permissão de Tenshi. Todos ficavam feliz por isso, e
logo Thornal se arrumava e partia, ainda sem rumo apenas com a mochila. No
mundo espiritual você observava e ia caminhando junto a ele. Após duas longas
semanas vocês cruzaram um enorme rio, e continuaram caminhando mais e mais até
chegarem a uma espécie de savana, um ambiente diferente para ambos. Lá foi que
o primeiro desafio real da caminhada havia aparecido, leões no mundo material
ameaçavam trucidar Thornal. Eram 4 ao total, um leão e 3 leoas, porém mais
deveriam estar para chegar. Ele faz uma rápida reza e toma em mãos seu cajado:
Ele sabia algumas magias ofensivas e estava disposto a usa-las contra aquelas
enormes feras.
<Tenshi>
*Tenshi se materializa, mas
permanece o culto. E aguarda o desenrolar dos fatos. Queria saber do que sua
raça era capaz para se proteger*
<Mestre>
Ele primeiro se concentra e
rodeia a si mesmo com um campo de força invisível, ainda sim poderoso. Os leões
aguarda, cercando-o com cautela: Era um animal que eles nunca tinham visto.
Thornal, com alguma ingenuidade tenta-lhes falar, mas é ignorado... Ou melhor,
não é compreendido. Ele então pensa rápido e resolve não esperar ser atacado,
lançando um feitiço no leão, jogando-o para cima e depois o fazendo bater forte
as costas. O leão fica aturdido e não compreende como isso ocorreu. Mais uma
leoa se junta a eles, mas agora os animais estava com certo receio de atacar.
<Tenshi>
*Tenshi sorri* "Então
mesmo frente ao desconhecido você não vacila. Agi com presteza, mas de forma
pensada... será um bom líder quando retornar " *Tenshi continua escondido
aguardando, só iria interferir se for necessário*
<Mestre>
Uma das leoas atraca por
trás, mas quanto suas garras tocam no corpo dele ela é repelida pelo escudo invisível.
Ele rapidamente segura-a pela garganta usando uma mão telecinética e a joga por
cima dos outros leões, fazendo-a cair quebrando uma pata - coisa que poderia
ser mortal para qualquer animal na selva. Os outros leões desanimam e saem
correndo.
Thornal avalia o dano a sua
pele, havia sido relativamente profundo, porém se cura sem muita dificuldade.
Após isso continua a caminhada até de noite, quando acende uma fogueira e usa
mais um tico de magia para transformar um punhado de grama seca em frutas.
"Aqui não se há muita comida natural, apenas pastagem, porém isso não me
trará nutrientes... E necessito guardar minha magia para quando necessitar...
Vou acelera meu passo. "
Ele rezou aquela noite e se
foi a dormir. Você, que voltara para o mundo espiritual o observava dormir,
quando um riso icônico rasga a noite.
"Você parece ter muito
interesse neste mortal, és um filho teu?"
<Tenshi>
*Sem se mexer Tenshi fecha
os olhos e tenta sentir a presença de quem lhe espionava, tenta sentir alguma
ameaça.* -- Interesse que tenho em todos mortais. Mas quem és tu que me
questiona sem nem ao menos se mostrar ou se apresentar? Lhe falei de meu interesse,
mas qual é o seu em me espionar?
<Mestre>
O ser então se revela,
plainando sobre ti até chegar ao chão. Era um deus, você sentia pela vibração,
um deus menor como ti. Ele se parecia muito com um leão, porém tinha grandes
asas de morcegos, uma longa barba verde e uma juba branca como neve.
- Sou Ibalda, prazer. E não
tenho interesse em espiona-lo, estava apenas de passagem quando vi.
<Tenshi>
-- Entendo, então somos irmãos?
*Tenshi sorri e se se aproxima para saudar seu irmão* -- Fico feliz de
encontrar um igual, me chamo Tenshi. És pai daqueles seres mortais? *Tenshi
demonstra preocupação* -- Se for não se preocupe, eu curei a pata daquela
fêmea...
<Mestre>
- Não, apesar de me
simpatizar com eles. Dei vida a 2 raças apenas, chamo-os de canitas e quimeras.
A última, na realidade, foi apenas uma criatura que criei para proteger os
canitas, mas que acabou saindo do controle... Existem poucas delas, são meio
limitadas sabe. Seja como for, os abandonei a muito tempo, agora sigo andando
procurando coisas interessantes neste mundo, recuperando minhas energias aos
poucos...
<Tenshi>
-- Abandonou as 2 raças?
Por que? E onde eles se encontram agora? Recuperando suas energias? Mas porque?
O que houve para gastar sua energia? E como pretende recuperar?
<Mestre>
- Nossa, você faz bastante
perguntas não é mesmo... As quimeras eram fortes, mas burras e chatas. Os
canitas me adoraram durante muito tempo, mas logo se tornaram extremamente
dependentes de mim, me culpando pelas coisas ruins e exigindo tudo de bom. Me
irritei, e após destruir metade deles parti os deixando a sua própria sorte.
Talvez outro dia crie outra raça, ou sei lá... Enfim, gastei energia na minha
guerra contra ele, e as vezes gasto lutando contra espíritos idiotas, outros
deuses ou coisas assim, então tenho que repor minhas energias. Existem alguns
meios: Receber doações e energia de outros deuses, comer as sementes das raças,
que também detém muita energia própria, ir para o mundo divino e ficar por lá
um tempo, ou então seguir nossa paixão. Cada deus tem a sua, a minha é
"conhecimento", quanto mais viajo e aprendo mais recupero minhas
energias.
<Tenshi>
-- Gostaria de conhecer os
canitas... também gosto de aprender... por isso estou em viagem... você falou
em lutar com outros deuses? Por que você lutaria com seus irmãos? E sim
pergunto muito, pois quero aprender... sou ávido por conhecimento... e você
deve me entender bem... você conhece outros de nosso irmãos?
<Mestre>
- Conheço alguns... Lembra
que falei que é possível ganhar mana dada por outros deuses, é possível
rouba-la também. Existem alguns deuses que irão tentar te derrotar apenas para
pegar sua mana... Para eles é apenas um jogo, afinal mesmo mortos, nós
resurgimos no mundo divino com 100% de nossas energias, mas anos podem se
passar aqui em quanto isso. Para ti que parece ter sua raça, seria bem ruim
sumir de uma hora a outra. Tome cuidado.
Conheço alguns, logo conhecerá
também, indo por este caminha encontrará uma raça mortal, que domina o mundo
terreno e o espiritual, chamados de Onus, assim como seu Deus e nosso irmão,
Kabalan. Será bem vindo entre eles, os Onus são bem da paz... Agora eu me vou,
mas sei que voltaremos a nos ver Tenshi.
<Tenshi>
-- Agradeço irmão, vá em
paz. Mas será que posso conhecer teus filhos? E sim irei conhecer este meu bom
irmão do qual me falaste. Espero sim que nos vejamos outras vezes, é sempre bom
ter um bom irmão.
<Mestre>
- Os canitas, se não me
engano eles estão atualmente vivendo no pântano, voltando pelo caminho que
vocês estavam vindo e descendo pelo rio. Porém, até onde me lembro, eles podem
ser não tão civilizados quanto eu...
<Tenshi>
-- Entendo, porém pretendo conhecê-los.
Agora devemos seguir em frente.
<Mestre>
Thornal continuava alienado
a sua conversa e seguia em direção a Kabalan e aos Onus. Em quanto Ibalda se
ia, após dizer onde você encontraria seus filhos, os Canitas.
<Tenshi>
*Tenshi apenas acompanha de
longe seu filho desbravador*
<Mestre>
Em quanto ele avança por
entre a savana. Para ti tudo foi tão breve, tão rápido, mas para Thornal havia
se passado já mais de um ano. Fora os leões houvera outros conflitos, mas com a
esperteza dele e poder mágico sempre resolvera todos, até mesmo quando alcançou
o deserto árido e sem vida continuo a andar e andar. Porém naquele dia, ele e
você viriam uma das coisas mais impressionante que havia no mundo material e
espiritual: A grande cidade das rochas, morada dos Onus!
A muralha que cercava a cidade era feita de
rocha negra, tão alta quanto uma montanha, e no centro da cidade se erguia uma
enorme torre, feita de espelho, coisa que Thornal nunca havia visto mas lhe
lembrava a água refletida, porém solida e mil vezes mais intensa. Os portões
não se abriam, e no mundo material Onus saiam para vir falar com Thornal. Era
uma raça estranha, tinham feições rústicas e pesadas, como de rochas. Sua pele
era dura e seca e seu tronco era totalmente humanoide, porém a parte inferior
em vez de pernas detinha um corpo de serpente. Eram maiores que Thornal, tendo
quase 2 metros cada. Eram educados também.
Em quanto isso no mundo
espiritual, a qual eles podiam atravessar sem problema, temiam sua aproximação,
até que outro ser aparece vindo da torre de espelhos. Os Onus se curvam perante
seu Criador, Kabalan.
"- Olá, sou Kabalan e
esta é minha cidade, a Cidade das Rochas. A que devo a honra irmão?"
<Tenshi>
*Tenshi se curva em
reverência* -- Saudação nobre irmão, me chamo Tenshi e sou pai daquela criança*
Diz indicando Thornal* -- Viemos em paz, somos apenas viajantes curiosos,
querendo conhecer tão vasto mundo.
<Mestre>
- Pois bem, eu te
permitirei a entrada. Não há por que ser arisco com todos. Venha, pode entrar.
Meus filhos cuidarão do seu de igual a igual, e você venha comigo até minha
morada. - Dizia ele apontando para a torre de espelhos, que se abria para
vocês.
No mundo material os Onus
recebia a mensagem de seu deus, permitindo não só a entrada de Thornal, mas
como trata-lo como hospede. Assim o faziam.
<Tenshi>
*Tenshi observa tudo
maravilhado. A bela raça e as criações desta* -- Agradeço vossa hospitalidade.
Que bela criação irmão uma raça poderosa, vi que eles me viram assim que
cheguei... vejo que és antigo em nossa mundo também... gostaríamos de absorver
e aprender contigo e vossos filhos... se assim vocês nos permitir.
<Mestre>
A cidade das rochas, por
dentro da muralha ela linda. Iluminada pelo reflexo do sol na torre espelhada,
tinha um ar pesado, rígido porém ao mesmo tempo ordeiro e justo. Os Onus eram
sempre cordiais um com os outros. Eram muitos, você estimou cerca de mil pela
cidade, morando do subsolo até as torres mais altas. Eles eram onívoros,
comendo principalmente a carne de ovelhas criadas ao redor da cidade e frutas trazidas
das montanhas. Tinham uma aptidão menor para magia, que ainda, porém os sai
natural. Conseguiam, desde pequenos se comunicar com outros espíritos, e quando
um pouco mais velhos até mesmo chama-los e coordenar os mais fracos. Porém
apenas os que estudavam a magia conseguiam outras purezas, entre elas a
manipulação, mesmo que sutil, da matéria. Eram mais simplistas e de mentes menos
inventivas que os seus filhos, porém nós 230 anos da sua criação eles formaram
um império e tanto.
Eles também tinham vários portais, por onde
podiam ir do mundo físico ao espiritual sem problemas, provavelmente criado por
Kabalan, além disso, detinham grande domino sobre os espíritos, pois os
sacerdotes podiam domina-los, e barganhar com os mais fortes pro essência.
Muitos espíritos viviam de lá para cá fazendo as mais diversas tarefas, tanto
no mundo material quanto nos espiritual. Muitos até mesmo eram como soldados.
Você entrava junto com Kabalan dentro da torre
espelhada. Por dentro era um local incrível, onde o mundo material e o
espiritual se fundiam num só. Dois espíritos tão ou quase tão fortes quanto
Orda protegiam o local. Kabalan, que se assemelhava a um gigante Onus feito de
metal, entre eles ouro, prata e bronze se sentava num dos tronos do local,
balançando a mão fazendo aparecer outro.
- Fique o tempo que desejar
jovem irmão. Podemos conversar e trocar experiência o quanto for necessário. Creio
que há muito o que não sabe sobre nos e sobre este mundo.
<Tenshi>
-- Ótimo, conheci outro irmão a caminho daqui. Ibalda é seu nome. Mas ele me disse algo que me preocupou... falou entre lutas entre deuses... isso é verdade? Guerra entre irmãos. E você conhece outros irmãos? E também vi que sua raça é enorme e poderosa. Como conseguiste isso?
<Mestre>
- Você conheceu Ibalda? Ele é um
pouco... Exótico, digo, és um bom amigo, mas muito superficial ao aplicar seus
poderes e seu status de Deus... As quimeras que ele criou são um serio problema
para muitos mortais que acabam inadvertidamente entrando em seus domínios...
Mas sim, existem enormes guerras entre nós Deuses. Alguns fazem as guerras
apenas por pura diversão, outros para expandir o domínio de suas raças... No
geral nós deuses somos complicados um com os outros, afinal, seja como for
somos imortais, mas ainda sim com personalidades bem diferentes... Veja bem, eu
o permitir adentrar ao meu reino sem muito problema, já outros Deuses poderiam
tentar destruí-lo com a mesma facilidade e sem a menor provocação, isso por que
nós sempre nós refazemos... Outros veem prazer em matar os mortais, o que para
aqueles, como eu e provavelmente você desperta a ira. Agora sobre minha raça,
não se há muitos segredos... Elas detêm menos de 200 anos de existência, porém
eles se desenvolveram rápido. - Devo, porém lhe alertar uma coisa,
que eu chamo de dissolução do divino. A primeira geração é sempre a mais próxima
de seu criador: Ela detém em plenitude todos os poderes mágicos, todo o
conhecimento e todas as virtudes básicas de seu Deus criador, porém as outras
gerações não serão assim tão ligadas a ti. Isso fará com que tenham de estudar
para conseguir chegar a plenitude de suas faculdades mágicas, mentais e
sociais, que tenham de ser educadas e condicionadas a crer em ti como Deus. Não
é algo difícil, porém, principalmente quando se é um Deus mais presente. O real
problema está no recolhimento de poder. Creio que em menos de dois meses você
consiga recuperar toda sua mana, caso a gaste, apenas com a adoração de seus fieis.
O mesmo, porém, não vale para mim, são necessário milhares de Onus rezando para
recuperar 100% de meu poder em um mês, Então, principalmente nestas primeiras
gerações sua raça irá avançar bastante em engenharia e conhecimento e depois o ritmo
ficara mais lento, mas ainda sim constante.
<Tenshi>
-- Nossa, existem realmente deuses que faria mal a meus filhos por puro prazer? Mas... pelos Pais Supremos... como... não deixarei que nenhum destes cheguem perto dos meus filhos. E entendo então minha primeira geração será mais próxima a mim, então eles deverão aprender mais e mais e repassar para seus filhos. Sua raça é pacífica e bela aos meus olhos, gostaria de estreitar laços entre nossos povos. Ainda somos poucos mas se puder trazer alguns dos meus para aprender e na verdade... tenho uma ideia maior, por que não construímos uma cidade em conjunto? Um novo lar para os Onus e Silverfyre? Mas antes gostaria de aprender mais pelo mundo e conhecer mais seres e irmãos. Vejo que teu poder atual também não é o de um recém-criado, então imagino que exista um jeito de nos fortalecer. Apesar de não me importar tanto com isso quanto com o equilíbrio e bem estar dos meus filhos. Mas o que me diz que uma cidade conjunta?
<Mestre>
- Me parece bastante enérgico, e mais que isso, bastante protetor aos
teus filhos, assim como eu sou com os meus. Esta certo sobre o poder, nós
podemos sim ficar mais poderosos e se quiser posso lhe ensinar como. Sobre a
aliança se considere feita, e não vejo problema em mais para frente reunir uma
nova cidade para os nossos. Há outro que já me propôs isso a algum tempo, vá
para o leste que irá encontra-lo, seu nome é Gozanu.
<Tenshi>
-- Ótimo. E sim irei conhecer Gozanu. E gostaria de deixar minha criança aqui enquanto isso. Seria possível?
<Mestre>
- Não vejo problema algum. Sei que ela terá o que nós ensinar. Vejo que
meus jovens também simpatizaram com ela.
<Tenshi>
-- Ótimo irei falar com ele e partirei. Mas voltarei em breve. *Se despede de Kabalan e vai ao encontro de seu filho, fazendo pétalas negras e penas escuras surgirem e desaparecerem no vento* -- Meu filho eu fico feliz em ver que estás bem e crescendo. Deves ficar e aprender o máximo que puder e aguardar meu sinal antes de partires novamente.
<Mestre>
Ele assente com a cabeça, ouvindo em seu coração, suas palavras. Você
fica mais algum tempo vendo os primeiros dias dele e depois parte, rumo a
leste. Você anda vários dias e varias semanas, até onde cruza um rio, e
continua a andar. Do deserto volta a ver a savana, e depois um campo mais verde
até chegar a uma cordilheira de montanhas. Você as sobe. É importante dizer que
mesmo longe você sempre podia ouvir as "orações" de sues filhos, e
usando certa quantidade de mana poderia até mesmo responde-los, não importando
onde você estivesse. Enfim, naquela tarde, quando chegou ao alto da colina sentiu
a energia divina vindo de uma caverna.
<Tenshi>
*Tenshi caminha até a entrada da caverna. E aguarda ser percebido e recebido.*
<Mestre>
- Que cheiro é esse... Hum... Vejo que um novo irmão me veio visitar.
Olá jovem, qual seu nome? *Das profundezas da caverna uma enorme aranha, com
centenas de olhos e uma mandíbula a constantemente salivar sai. O local ficava
no mundo material, em quanto no mundo espiritual era um covil interminável de
teias e espíritos de aranha. Mas aquele deus, como era de se espera, não era
apenas uma enorme aranha negra. Na sua parte inferior havia um torso humano,
com os olhos fechados e braços cruzados sob o peito, que parecia se fundir
aquele ser.
<Tenshi>
*Tenshi se curva em reverência* -- Saudações irmão. Me chamo Tenshi. Venho em paz, apenas estou viajando pelo mundo em busca de conhecimento e amizade. Se não lhe for incômodo gostaria de te conhecer e conversar.
<Mestre>
- Kikikikiki, não é não. Pode entrar a minha casa, serás bem vindo de
qualquer forma... Meu nome é Gozanu, Prazer em conhecê-lo!
<Tenshi>
*Tenshi observa o local em busca dos filhos de Gozanu* -- Vejo que não tiveste receio em me receber... apesar de descobrir que existe guerra entre irmão. Está tudo bem pra você receber a um desconhecido?
<Mestre>
- Sim, afinal eu já havia visto sua chegada a alguns quilômetros daqui e
me preparei para se você tomasse alguma ofensiva para comigo. Caso me ataque
varias habilidades minhas seriam ativas, revertendo o ataque. Sugiro que você
passe a tomar as mesma precauções quando for visitar um novo irmão, ou mesmo
quando apenas vagar. E eu não tenho mais filhos, eles foram eliminados a muito
tempo por um Deus de nome Shagold, que me derrotou em combate e após isso
destruiu um por um minhas crianças, erradicando até seus espíritos do mundo
umbral...
<Tenshi>
*Tenshi concorda com o que seu irmão falou sobre se prevenir. Estava vagando por ai de forma muito perigosa. Mas o que lhe chocou foi a revelação sobre os filhos de Gozanu. Lhe fez pensar em seus próprios filhos e aquilo o deixou paralisado, sem palavras ou reação.* -- Ele... o que...?
<Mestre>
- Ele os obliterou, é a palavra usada. Quando se destrói o corpo e a
alma de um ser mortal ele é para sempre perdido, e talvez apenas os deuses
maiores possam trazê-lo de volta. É uma pena, e uma real dor para nós deuses...
É também uma das únicas formas de realmente nos ferir, não na carne mas sim no espírito.
Principalmente quando se é tão apegado a seus filhos quanto eu era com os meus.
Os chamava de Dríades Escuras, eram seres belos e vorazes, elegantes e temidos.
Mas agora não apenas sombras esquecidas que nunca voltarei a ver.
<Tenshi>
*Tenshi fica ainda por um longo tempo pensando e uma lágrima negra escorre de seus olhos* -- Mas, então por que não recria seus filhos? E, por que este nosso irmão lhe fez isto?
<Mestre>
- A criação se dá apenas uma vez. Poderia refazer uma raça extremamente
igual, com um nome igual, com características iguais e aparência igual, porém
não seria a mesma raça. Do mesmo modo que dois pais que façam amor nunca terão
dois filhos iguais, salvo se forem gêmeos mais enfim, eu nunca os teria de
volta. Talvez num futuro recrie outra raça, quando tiver poder para protegê-lo
melhor. Não creio que tenha dado nenhum motivo para Shagold, ele apenas se
divertiu com tal feite, e fez isso a muitos outros. Alguns nunca mais voltaram
ao mundo material, outros agora detêm novas raças poderosas e as protegem com
ainda mais afinco.
<Tenshi>
-- Então irmão, refaça sua raça e te ajudarei a lhes proteger. Shagold pode ser poderoso mas seria mais que dois deuses? Refaça sua raça e cuide dela, não deixe esse amor se esvair, seus primogênitos se foram, mas lhe deram uma dádiva. A dádiva do conhecimento e o amor que só um filho pode dar a um pai. Lhe ajudarei se preciso. E sua raça terá meu apoio e nossos filhos serão amigos, assim como nós dois podemos ser. O que me diz?
<Mestre>
- Suas palavras são breves, mas profundas! Obrigado por me entender, e
sim irei dar vida a novos filhos, mas antes desejo conhecer mais! Você esta em
viajem por esse mundo correto, posso lhe seguir?
<Tenshi>
*Tenshi sorri* -- Seria um enorme prazer!! Mas poderia pedir para me aguardar um pouco? Devo fazer algo antes... teria algum
problema?
<Mestre>
- Um pouco quanto? 20 ou 30 anos? Não gosto de esperar muito Kikikikikik.
<Tenshi>
-- Acredito que não levará nem 10 anos...
<Mestre>
- Ho sim, eu espero. Sem problema algum. Pode ir. Irei dormir durante
esse tempo, quando chegar me acorde... Hum... Irei deixar isso me protegendo em
quanto isso *Dizia pegando uma semente das raças. Ele se concentrava um pouco e
a jogava para o auto. Então ela começava a crescer e tomar forma, lentamente
até se transformar num enorme inseto de pedra, ou melhor, cujo o exterior era
de pedra mas o interior totalmente funcional.*- Vou chama-lo de Leviatan. Veja
Leviatan, sou seu pai e aquele seu tio, qualquer outro ser ataque sem piedade.
<Tenshi>
-- Espero que nenhum mortal se aproxime também... vou tarei em breve irmão. *Virando-se para Leviatan* -- Cuide bem dele, retornarei em breve. *Tenshi sai da caverna e voa bem acima das nuvens e segue na direção que Ibalda indicou estarem os órfãos Canitas.*
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